Ultimamente tenho ouvido inúmeras discussões em relação à falta de caráter governametal, dos meios de comunicação e do povo. Afinal de contas, para quem deve cair a responsabilidade sobre o porque do quê? No meio do caos, quais são os culpados e os inocentes da história? É algo que parece não ter precisão. Os filhos do fim da ditadura desconstruiram parâmetros vigentes e moldaram um novo padrão de conduta: "construa você mesmo os valores éticos e morais". Quase uma ideologia anarquista da década de 70.
Sem querer levar para o lado reacionário, mesmo porque sou a favor de mudanças, apenas sou contra a desorganização, mas o nítido problema é que mudança não é sinônimo de evolução. E vice-versa. Não é à toa que o inferno está cheio de boas intenções, existe cacique demais para pouco índio. São milhares de revalorizações éticas e morais conflitando umas com as outras, é tudo muito disforme, sem fundamento. Político é empregado, e quando chega ao poder se acha dono do mundo. Por sua vez, a população se encontra completamente anestesiada, dando espaço para toda a patota se aproveitar e investir cada vez mais em picaretagem. Ainda assim, talvez seja loucura, mas acredito na revolução quando lembro que há 50 anos atrás a Europa vivia feito selvagem, se matando. Só amadureceram após duas guerras. Possivelmente, bem possivelmente, eu não estarei aqui para assistir esse feito, mas o Brasil pode chegar ao estágio de transcendência.
Se cada coisa tem uma causa, é porque existe uma causa que seja a causa de todas as coisas. Sendo o universo o conjunto de todas as coisas que existem hoje, posso crer que, nessas circunstâncias, seja ele quem deva sentar no banco dos réus.
Agora, falseando a realidade, até que essa teoria não cairia nada mal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário