quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Coisas que se escondem

Que tarefa difícil essa de desejar algo ao outro.


Mais um ano se passou. 2011 foi repleto de surpresas? Comprou seu carro zero? Se formou? Criou coragem e mandou aquele chefe chato pro inferno? Ficou doente ou teve alguma desilusão que tenha abalado seu estado emocional? Enfrentou aquela porcaria de trânsito o ano inteiro além de filas em bancos? Perdeu a voz de tanto gritar comemorando a vitória do seu time? Telefonou para aquele amigo sumido e disse que marcariam de sair e nada? Chegou bêbado em casa, passou o domingo inteiro de ressaca e mesmo assim saiu ao encontro da galera naquele churrasco casual? Ficou chocado com as tragédias ocorridas dia após dia porque entra ano, sai ano e mais uma vez, nada muda? Acordou no meio da noite sentindo uma hesitação, como se ainda não tivesse realmente acordado, deixando escapar um suspiro? Sentiu aquela súbita vontade de pegar as trouxas e fugir? Brigou com os pais, não pediu desculpas por orgulho, e continua aí, arrependido? Na verdade eu nunca sei exatamente se vale a pena ou não acreditar que tudo vai ser diferente. Não sei por que estamos aqui. Não sei por que morremos. Talvez nunca saberei. Desejo é querer demais alguma coisa, e por isso quebramos a cara. Às vezes a grana não vem, o amor acaba, o amigo te decepciona... Normal. 2012 não vai ser diferente. O homem é falho. A natureza não agrada a gregos e troianos. Mas e aí, vamos acabar com o nosso dia por isso? Eu apenas espero. Espero que essa virada de ano traga bons ventos, boas vibes, mais gargalhadas, mais sorrisos, menos fome, menos desafeto, mais amor, mais justiça, mais igualdade, mais experiência, mais sabedoria e menos egoísmo. Que nós saibamos digerir o indigesto e fazer do tropeço nocivo o firme afirmativo. Porque o que realmente vale a pena é estar vivo.



Um bom Natal para todos.